quinta-feira, maio 27

Carina Mel (Sempre)

Sempre tive muito que dizer.

Sempre precariamente falei, por que sempre foi obvia as respostas e não me desgastaria por tão pouco.

Sempre gesticulei o caminho a ser seguido e as conseqüências a serem administradas.

Sempre me torturei pelo fato de estar viva e de ter a essência e satisfação de valer a pena VIVER.

Sempre e até então organizo na mediada do impossível os passos e as atitudes irrevogáveis a mim destinadas.

Sempre e com a maior satisfação me arrisquei pra temer, pensei pra proferir, chorei pra ter a certeza de que falhei ou falharam comigo, desisti tendo a certeza de que não havia fundamento algum, esperei pacientemente até que me despertassem a intolerância...

Sempre confiante e não prepotente, esquivando das ignorâncias, absorvendo o Maximo de conteúdo cabível a minha personalidade seleta.

Aparentemente fraca e sem o próprio desejo...

Frágil, e não disposta a ser corrompida, pra contribuir pra realizações dos desejos alheios sem que haja o devido consentimento dos meus.

Posso aparentar nenhum conteúdo e pouca LUZ.

Só eu sei das FIBRAS que me constituem e das historias entrelaçadas casualmente e que conseqüentemente permaneceram.

SEGURA das metamorfoses e ciente de que os grandes registros houve transformações e que benéficas ou não, se definiram e se direcionaram a uma lembrança arrebatadora.

Possuidora de valores e PERSONALIDADE, no entanto contestada...

Posso ser, talvez, por um segundo de uma opinião mal estipulada de que eu me comporte levianamente como uma ADOLESCENTE.

Opiniões não me fazem progredir, julgamentos me extinga, Silêncio me ADMIRA.

EU sempre, cultuando do DIVINO (A) ao profano, mas além das más e inábeis mentes cultuo e personalizo o meu próprio conhecimento.



Não sou INTROSPECTIVA e sim benfeitora de mim mesma...